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Crime brutal contra Ivan Rocha inspira novo livro de Zarfeg 33 anos depois

13 de novembro de 2024
Crime brutal contra Ivan Rocha inspira novo livro de Zarfeg 33 anos depois

O jornalista, autor e teixeirense honorário Almir Zarfeg - Imagem: reprodução/SBN Interativo

O crime brutal cometido contra o radialista Ivan Rocha, no dia 22 de abril de 1991, está completando 33 anos em 2024. O mais impressionante é que o homicídio, já prescrito, não teve um desfecho digno: o corpo da vítima não foi localizado e os autores e/ou mandantes ficaram impunes.

Na época, três supostos autores foram denunciados, indiciados, julgados e dois deles – um policial e um jornalista – receberam condenação na primeira instância. Mas, por falta de provas e inconsistência dos depoimentos, o Tribunal de Justiça anulou o julgamento e a justiça não foi feita.

O certo é que o crime bárbaro contra o radialista ganhou repercussão estadual, nacional e até internacional. E passados 33 anos, muitos teixeirenses ainda se lembram do jovem Ivan Rocha, que de repente sumiu do mapa, deixando um vazio repleto de saudades, dores e injustiças.

Crime brutal contra Ivan Rocha inspira novo livro de Zarfeg 33 anos depois

Almir Zarfeg recupera parte da história de Valdeci de Jesus (nome de batismo de Ivan Rocha) na obra “Homem-gato, homem-feito”, que está saindo pela Editora UICLAP e deve se tornar um marco na passagem do 33º aniversário do caso policial que foi parar nos anais do jornalismo como mais um atentado contra a liberdade de imprensa e uma violação dos direitos humanos na Bahia.

Misturando jornalismo com ficção, o livro narra as aventuras de uma dupla bastante improvável que, uma noite, decide empreender uma busca ao tesouro. (Tesouro aqui é um eufemismo para os restos mortais do saudoso profissional de imprensa.) A procura começa na Rua da Pituba, point da boemia teixeirense, e se estende ao Rio Itanhém, que fornece água potável para a cidade.

A dupla de personagens – um jornalista e um gato com poderes especiais – protagoniza uma bela aventura com senso de humor, divertindo os leitores e, ao mesmo tempo, compartilhando lições preciosas sobre Teixeira de Freitas.

“Trinta e três anos após o assassinato brutal e a constatação de inúmeras coincidências reveladoras, resolvi eternizar o caso Ivan Rocha misturando jornalismo com fantasia”, disse Zarfeg, que é jornalista, autor premiado e presidente de honra da Academia Teixeirense de Letras (ATL).

Crime brutal contra Ivan Rocha inspira novo livro de Zarfeg 33 anos depois

A capa do livro foi elaborada pela designer mineira Gisele Starling e a narrativa só pôde ser reconstituída e contada, graças ao banco de documentos do Google e aos depoimentos de dezenas de pessoas que conviveram com Ivan Rocha, como Cristhiane Ferreguett e Arolda Figuerêdo, ou que ajudaram na elucidação de passagens da história teixeirense, como Castro Rosas e Esteves do IBGE. (Ferreguett, inclusive, contribui com uma crônica bem divertida.)

“Preciso fazer um agradecimento mais que especial aos confrades e mecenas Marcus Aurelius, Athylla Borborema e Elias Botelho, nessa ordem, que contribuíram para a viabilidade dessa publicação”, concluiu Zarfeg.

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A obra “Homem-gato, homem-feito” será apresentada na sessão final de 2024 da ATL, marcada para a noite de 30 de novembro, no auditório do Campus X da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Autor e obra serão homenageados com uma Moção de Aplauso.

Crime brutal contra Ivan Rocha inspira novo livro de Zarfeg 33 anos depois

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Fonte: Redação