Buscar
Buscar
logo

João Scortecci autografa “Menino tipográfico e outras histórias”, neste sábado (14), em São Paulo

13 de dezembro de 2024
João Scortecci autografa “Menino tipográfico e outras histórias”, neste sábado, em São Paulo

O autor, editor, livreiro e empresário do ramo do livro João Scortecci - Fotos: Divulgação

O autor, editor e gráfico João Scortecci vai autografar os volumes I e II da sua obra mais recente – “Menino tipográfico e outras histórias” (Scortecci, 2024) – neste sábado (14), a partir das 18h, no Espaço Scortecci, em São Paulo, capital.

O livro reúne as crônicas que o autor escreveu nos últimos anos, muitas das quais publicadas nas redes sociais, como Facebook, e compartilhadas com leitores, autores e admiradores. Além de bom poeta, Scortecci é um cronista de mão cheia que cativa seus leitores narrando histórias interessantes e hilárias, sempre envolvendo o mundo dos livros, sobretudo a edição e impressão deles.

Clique aqui e participe do Canal VEJAESSA no WhatsApp

Em “Menino tipográfico”, crônica que abre e intitula a obra, uma criança de 11 anos vai até a cidade de Baturité, distante 78 km de Fortaleza/CE, para conhecer as oficinas da tipografia do jornal A Verdade, propriedade do saudoso comendador Ananias Arruda. O ano é 1967 e o guri em questão é o próprio João Scortecci, acompanhado do também saudoso pai, Luiz Gonzaga do Carmo Paula. Nesse momento, dá-se o primeiro contato do futuro gráfico e editor com os chamados tipos móveis, que seriam substituídos pela impressão offset e, depois, pela digital e sob demanda, com o menino já adulto empreendendo na capital paulista em 1972.

Antes de adentrar a gráfica do periódico cearense, porém, o menino mantém um encontro inusitado com um bode estranho, porque bibliófago, estacionado defronte das oficinas. “O que o bode está comendo”, pergunta o guri. “Livros”, responde o gerente da gráfica. Com efeito, o Bode Inhaca tem gosto bem apurado e letrado e, por isso, aprecia obras de autores cearenses, como José de Alencar, Clóvis Beviláqua e Rachel de Queiroz. Aprecia também um gibi nacional, tipo Turma da Mônica, mas recusa as literaturas francesa e inglesa.

Para conhecer de perto os detalhes do encontro do Menino Tipográfico com o Bode Inhaca e dezenas de outras crônicas, o leitor precisa adquirir a obra ou ganhá-la de presente, como Almir Zarfeg, que foi presenteado com os volumes I e II pelo próprio João Scortecci.

“Recebi os exemplares autografados e, em seguida, me diverti muito lendo as crônicas e aprendendo com as histórias contadas pelo autor, envolvendo escritores e as artes da edição e impressão, que são ramos diferentes, mas complementares”, afirmou Zarfeg.

João Scortecci autografa “Menino tipográfico e outras histórias”, neste sábado, em São Paulo

Almir Zarfeg com exemplares de "Menino Tipográfico", de João Scortecci e "Os Guedes Borborema", de Athylla Borborema


Zarfeg, que em 2007 teve duas obras editadas pela Scortecci Editora – “Rápidos & diretos” (crônicas) e a 2ª edição de “Água Preta” (poemas) –, voltou a contactar o grupo editorial, neste 2024, para intermediar a edição do livro “Os Guedes Borborema”, do confrade Athylla Borborema Cardoso. A reaproximação foi bem proveitosa.

“Eu já conhecia o Scortecci poeta, autor de ‘Na linha do cerol’, e evidentemente o editor e o gráfico, mas o cronista me conquistou definitivamente, com seu estilo leve, bem-humorado e informativo, enfim, alguém que vou indicar a tantos e quantos tiver a oportunidade de falar”, acrescentou Zarfeg, que é presidente de honra da Academia Teixeirense de Letras. Nessa condição, ele indicou “Menino Tipográfico” para receber uma moção de aplauso da ATL na sessão solene realizada no último dia 30 de novembro. O certificado seguirá na primeira oportunidade para São Paulo.

Enquanto aguarda a confraternização deste final de 2024, no Espaço Scortecci, João segue compartilhando suas crônicas nas redes sociais, como o texto “Os renegados de Dalton Trevisan”, em que cita o falecimento do “Vampiro de Curitiba”, ocorrido no último dia 9 de dezembro, aos 99 anos, e revela os dois títulos que o notável contista renegou em vida: “Sonata ao Luar” (1945) e “Sete Anos de Pastor” (1948).

João segue, sobretudo, lutando pela valorização do livro que os brasileiros estão lendo cada vez menos e mal, conforme pesquisa divulgada recentemente pelo Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede). Pelo visto, os jovens trocaram os livros pelas redes sociais, pelo streaming e pela Inteligência Artificial. Contra a vontade do bom João, evidentemente. 


..............

Fonte: Redação