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Ninguém quer ser Papa e conclave é ‘caixa de surpresas’, revela cardeal brasileiro

07 de maio de 2025
Ninguém quer ser Papa e conclave é ‘caixa de surpresas’, revela cardeal brasileiro

Cardeal Raymundo Damasceno - Foto: Divulgação

Em meio aos preparativos para o conclave que elegerá o novo Papa, o cardeal Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, afirmou que nenhum dos cardeais deseja ocupar o cargo máximo da Igreja Católica. Aos 88 anos, Damasceno é o único brasileiro presente no Vaticano que não participará da votação por ultrapassar o limite de idade permitido, embora tenha integrado as reuniões prévias ao conclave.

“Ninguém quer ser Papa. Quem quer é porque não sabe o tamanho da missão”, declarou em entrevista ao jornal O Globo.

O cardeal afirmou que o resultado da eleição é imprevisível, mesmo diante das análises e apostas recorrentes dos especialistas. “O conclave é uma caixa de surpresas. Só em poucos casos é possível prever algo. No caso do Papa Francisco, por exemplo, não havia expectativa. Ele era praticamente desconhecido.”

Damasceno disse estar tranquilo com o fato de não poder votar. “Você dorme mais tranquilo. Não tem a preocupação da escolha, deixa para os outros cardeais. Também estou curioso para saber quem será eleito. Quero estar na praça, no meio do povo”, afirmou.

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Ele evitou apontar favoritos, mas destacou a atuação de três cardeais italianos nas reuniões preparatórias: Pietro Parolin, Matteo Zuppi e Pierbattista Pizzaballa. Segundo Damasceno, apesar das queixas sobre o tempo reduzido para conhecer os colegas, a eleição não deve se prolongar. “Acredito que o conclave durará no máximo quatro dias.”

Presente na eleição de 2013, que escolheu o Papa Francisco, Damasceno evitou revelar em quem votou na ocasião. Sobre o simbolismo da votação ocorrer diante do afresco “Juízo Final”, de Michelangelo, na Capela Sistina, afirmou: “Aquilo gera uma responsabilidade. O que está movendo seu voto? Interesses pessoais ou o bem da Igreja?”


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Fonte: Reprodução - Alô Alô Bahia