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Zarfeg apresenta a aldravia aos alunos do 6º ano do curso de Letras da UNEB

11 de dezembro de 2024
Zarfeg apresenta a aldravia aos alunos do 6º ano do curso de Letras da UNEB

Almir Zarfeg homenageia Andreia Donadon, criadora da aldravia - Fotos: Divulgação

O poeta Almir Zarfeg apresentou a aldravia aos alunos do 6º ano do curso de Letras da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus X de Teixeira de Freitas/BA. A apresentação se deu nessa terça-feira (10/12), a partir das 16h, na Oficina Literária comandada pela professora Arolda Maria Figuerêdo. 

Inicialmente, Zarfeg se apresentou como membro efetivo da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas (SBPA), sendo autor do livro a sair – “Ave, Aldravia!” sob cuidado da Caravana Grupo Editorial – e ganhador de alguns prêmios envolvendo a aldravia, como Prêmio Internacional da UBE-RJ 2019 e Prêmio Literário Abrames 2024. O poeta estava acompanhado do também poeta Erivan Santana. 

Antes de apresentar a aldravia propriamente dita, Zarfeg situou o Movimento Aldravista no tempo e no espaço, nomeou seus representantes principais e, também, discorreu sobre o ideário estético, artístico e cultural do Aldravismo. Na poesia, prosa e pintura. 

A seguir, passou a falar sobre a aldravia – expressão poética minimalista e genuinamente brasileira – que se utiliza de palavras em vez de versos tradicionais. “Seis versos univocabulares”, como enfatizam os poetas aldravistas Andreia Donadon, Gabriel Bicalho e J. B. Donadon e José Sebastião Ferreira.

Zarfeg apresenta a aldravia aos alunos do 6º ano do curso de Letras da UNEB

Erivan Santana autografa "Cartas teixeirenses, ba" para universitária

O poeta listou outras expressões poéticas minimalistas, que defendem o mote de que “menos é mais”, como a trova, o haicai, a quinta e o poetrix, com exemplos da própria autoria. Ou seja, expressar o máximo de conteúdo usando o mínimo de palavras. 

“Conquista da contemporaneidade, a aldravia possibilita uma gama de vias para a experimentação formal e para a invenção semântica, ainda que essa forma poética se apresente limitada por seis palavras que fazem as vezes de versos. O ritmo em vez da rima, o mínimo em vez do máximo e o visual em vez do discursivo”, afirmou Zarfeg.

Ele arrematou: “Essa suposta facilidade que, inicialmente, pode seduzir alguns desavisados dará lugar, depois, ao grande desafio que é aliar, ao mesmo tempo, rigor formal e invenção metafórica. Enfim, uma aldravia bem construída não é diferente de qualquer texto poético bem elaborado: exige disciplina e criatividade sempre”. 

Por fim, Zarfeg enfatizou a importância da aldravia, como marca desses tempos velozes e líquidos. Prestou homenagem aos poetas aldravistas – Andreia Donadon teve a imagem reproduzida e destacada – pela contribuição que deram e vêm dando à arte brasileira neste 3º milênio.

Zarfeg apresenta a aldravia aos alunos do 6º ano do curso de Letras da UNEB

Almir Zarfeg, Erivan Santana, Arolda Figuerêdo e alunas durante Oficina Literária

A professora Arolda Maria Figuerêdo e suas alunas interagiram o tempo todo, com intervenções valiosas e atenção redobrada, para que a próxima etapa da oficina – a hora de botar a mão na massa – seja marcada pela descoberta e pelo prazer da escrita.

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Coube ao poeta Erivan Santana fechar a exposição falando um pouco sobre sua relação com a aldravia, processo de criação e desejo de fazer parte da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas. Ele leu algumas aldravias presentes no livro “Cartas teixeirenses, ba”, de sua autoria, incitou as alunas à reflexão e, depois, autografou alguns exemplares para os presentes.

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Aldravia 

patrimônio 
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AZ. 


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Fonte: Redação